Aquela amiga da primária.
Aquele ex-colega de trabalho.
Ou aquele amigo do teu namorado.
É inevitável. Quando lanças um projecto online ou um negócio vais ter aquelas pessoas que conheces a querer acompanhar cada publicação, cada post ou cada vídeo. Simplesmente por curiosidade.
Há muitos anos, quando lancei o meu primeiro blog, a ideia de que pessoas que eu conhecia poderiam encontrar e ler o que escrevia era absolutamente aterradora.
Até há muito pouco tempo eu não partilhava fotos minhas ou escrevia textos mais pessoais.
E sabem qual é o problema disto?
Eu estava a deixar que um pequeno grupo de pessoas (e o medo de elas descobrirem o meu conteúdo) ditasse a minha realidade. Ditasse o que eu queria partilhar. Ditasse o que me sentia à vontade para escrever ou publicar.
E sabem o que é ainda pior?
Em vez de partilhar tudo o que tinha para dar, estava a partilhar apenas uma fração com medo do que os outros pudessem pensar.
Estava a privar os outros de lerem sobre uma experiência semelhante. De aprenderem algo novo. Ou de se sentirem conectados ou compreendidos.
Tudo por causa do medo.
Medo da exposição. Medo das opiniões dos outros.
Mas a verdade é só uma: isso importa? O facto da tua amiga da primária achar o teu projecto ou negócio ridículo importa?
O teu público-alvo não é a tua colega da primária ou o amigo do teu namorado.
O teu público-alvo é real. Tem medos, receios, dúvidas, incertezas e aspirações. E está à TUA espera para partilhares a tua realidade! Sem medo do que os outros vão pensar.
Conta-me: antes de publicar ainda pensas nestas pessoas que podem ver o teu conteúdo ou já consegues ter a confiança de avançar independentemente de tudo?
Continuar a ler:
2 respostas
Gostei muito deste post porque me identifico bastante. No sentido em que eu sei que uma boa parte da minha audiência é composta por conhecidos e vizinhos que só seguem o meu blog por puro voyeurismo. Principalmente depois de ter criado uma rubrica mais pessoal na qual eu conto a minha jornada de passar de trabalhadora por conta de outrem para abrir um negócio. Confesso que isso me deixa um pouco triste, porque sei que o único interesse destas pessoas é poder coscuvilhar sobre a minha vida “ah já viste? fulana de tal despediu-se de um emprego tão bom, vai-se desgraçar, tá doida!” loool É que este tipo de contribuições, sinceramente, não acrescenta valor nenhum. Mas felizmente, nunca deixei que isso me prendesse na criação de conteúdos, por isso, em certa medida não cometi o erro de que falas. Mas confesso que de vez em quando olho com segundos olhos o que acabei de escrever, porque é inevitável pensar que o meu antigo chefe e colegas vão estar colados ao blog para ver se difamo o meu antigo emprego loool coisa que no final, sinto que não faço, apenas exponho a minha verdade e muitas vezes faço uma contextualização para não haver falsas interpretações ou ofensas.
Obrigada pela partilha, pois com certeza é um tema comumente sentido entre bloggers.
Beatriz de ilhoa.pt
A parte difícil é mesmo essa. Saber que há pessoas que até podem não seguir com as melhores intenções, mas avançar independentemente de tudo.
Obrigada pela tua partilha, Beatriz!
Estive a ver o teu blog e gostei imenso do que vi. Continua com o excelente trabalho 🙂
Um beijinho,
Sara