
Quantas vezes já ouviram: “Se queremos atingir algo – dominar uma ferramenta, mudar de vida ou aprender uma nova competência – temos de definir esse objetivo e traçar um plano de acção”? Muitas certamente. Também ouvimos muitas vezes “Um objetivo sem um plano é apenas um sonho”. E isto é a mais pura das verdades. Contudo, recentemente vi uma TEDtalk da autoria de Tim Ferriss – um empreendedor e autor americano – com o seguinte título “Porque é que deves definir os teus medos em vez de definir objetivos”.
Só por si este título já me captou a atenção mas a verdade é que a forma como Ferriss desenvolve esta ideia é ainda mais interessante e prende até ao último segundo.
Tim Ferriss propõe um exercício simples (mas poderoso) para nos ajudar a prosperar em momentos de stress, separando de forma clara o que podemos controlar daquilo que não temos qualquer capacidade de conter ou dominar.
Ferriss refere-se a este exercício de 3 páginas como “Fear-setting” ou, em português, “Definição dos Medos”.
Na primeira página, ele propõe definirmos o nosso principal medo – “E se eu…” – aquilo que está a causar ansiedade na nossa vida, que estamos de alguma forma a evitar. Por exemplo: “E se eu me demitisse e lançasse o nosso próprio negócio?” Nessa mesma página temos 3 colunas: Definir, Prevenir, Reparar – tal como podes ver na imagem.

- Na primeira coluna, Definir, devemos escrever entre 10 a 20 situações que são as piores coisas que podem acontecer como consequência da nossa acção sobre o que nos está a causar medo.
- Na segunda colina, Prevenir, escrevemos o que poderemos fazer para evitar que aquelas situações aconteçam ou, pelo menos, diminuir a sua probabilidade de acontecer.
- Na terceira e última coluna, Reparar, listamos o que poderemos fazer na eventualidade do pior cenário acontecer e como o podemos reparar (mesmo que apenas um pouco).
Na segunda página, Ferriss sugere reflectirmos sobre: “Qual seria o benefício de uma tentativa ou sucesso parcial desta acção?“. Esta reflexão (conservadora) permite olhar para o outro lado da balança.
Na terceira e última página, reflecte sobre “Qual seria o custa da inação (emocionalmente, fisicamente, financeiramente, etc.) nos próximos 6 meses, 1 e 3 anos?“.
Segundo Ferriss, nesta Tedtalk, as escolhas difíceis – o que mais tememos fazer, perguntar ou dizer – são, muitas vezes, exactamente aquilo que precisamos fazer.
O que achaste deste exercício e desta reflexão? E da definição dos medos, em vez da definição de objectivos? Interessante, não? Deixa a tua perspectiva ou pergunta na secção de comentários e tentarei ajudar-te ao máximo caso tenhas alguma questão.
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